
Na manhã desta quarta-feira (28), a Prefeitura de Campina Grande, por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Superintendência de Trânsito e Transporte (STTP), lançou o aplicativo Fibro Saúde. O intuito da plataforma é ampliar o acesso às pessoas com fibromialgia, para o cadastro e posterior emissão da carteira, que garante acesso a direitos como atendimento prioritário e gratuidade no transporte público.
A carteira foi criada em conformidade com a Lei Municipal 8.142/2021, a Lei Federal 14.705/2023 e com a portaria 015/2023, da STTP. Anteriormente, o cadastro para acesso era realizado via solicitação por e-mail. O Fibro Saúde chega como mais uma ação de conscientização e valorização das pessoas com fibromialgia.
“Esse é o segundo passo dado em prol dessa causa. Esse aplicativo vem conceder um benefício maior diretamente para todas as pessoas com fibromialgia, e garante o devido acompanhamento e controle, para que nós possamos caminhar juntos. Tudo isso mostra o quanto nós da gestão municipal estamos atentos às demandas de todas as pessoas”, salientou Carlos Dunga Júnior, secretário de Saúde.
A Secretaria de Saúde executará um plano de ação para disponibilizar assistência completa aos pacientes, com um pronto-atendimento para as pessoas com dores crônicas com atendimento de médico especialista e criar um ambulatório multidisciplinar com médico, fisioterapeuta, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e educador físico.
“A gente sela uma discussão voltada às políticas públicas de saúde no tocante à fibromialgia, que visam garantir mais acessibilidade e qualidade de vida para as pessoas com doenças crônicas”, afirmou Carol Gomes, secretária-executiva de Saúde.
Com o aplicativo, os usuários deverão incluir seus dados e, após a análise das informações, a carteira estará disponível tanto no modelo virtual, como também para impressão que poderá ser realizada e recebida na STTP.
“Uma parceria importante entre STTP e SES. Nós iniciamos com a gratuitidade do transporte público para pessoas com fibromialgia da cidade, e agora nós damos um passo ainda mais importante com a criação desse aplicativo que garantirá mais acesso”, disse Victor Ribeiro, superintendente da STTP.
Adriana Porto, representante das pessoas com fibromialgia de Campina Grande, destacou a importante da parceria entre a secretaria de Saúde e STTP.
“Essa parceira é muito importante. Com a STTP nós alcançamos a gratuidade no transporte público e estacionamento. Agora, com a secretaria de Saúde, nós iremos emitir as carteiras com a Fibro Saúde que será um documento oficial com foto, e isso faz com que Campina Grande saia na frente com essa tecnologia”, afirmou.
Na ocasião, algumas pessoas já receberam a carteira emitida pelo aplicativo Fibro Saúde. O aplicativo funciona no sistema Android e, em breve, estará disponível também no sistema IOS.
Codecom
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A lei que torna obrigatório o fornecimento gratuito de embalagem ao consumidor, para acondicionamento de produtos comprados em estabelecimentos comerciais- mais conhecida como Lei da Sacolinha- está sendo amplamente divulgada, nesta semana, através de blitz do Procon de Campina Grande. “Apesar de ser uma lei, relativamente, antiga; ainda recebemos muitas reclamações com relação ao seu descumprimento na cidade”, explicou o coordenador do órgão, Waldeny Santana, acrescentando que os fiscais estão nas ruas.
A blitz do Procon Municipal está sendo realizada, principalmente, em supermercados e atacados da cidade, através da distribuição de aproximadamente mil folders educativos que trata da Lei Nº 9771/2012, que além de garantir a embalagem para o consumidor, também proíbe que o fornecedor cobre pelo item para os produtos comprados no estabelecimento, sem exceção.
Na ocasião, os fiscais do Procon-CG estão reforçando que a gratuidade da sacola é lei e que o maior fiscal desse direito é o próprio consumidor que deve estar atendo e denunciar todo e qualquer desrespeito ao Direito do Consumidor. Juntamente a distribuição do folder da Lei da Sacolinha, está sendo entregue também exemplares do Código de Defesa do Consumidor (CDC) para toda a população que é a maior fiscalizadora para o cumprimento da legislação.
Com isso, os consumidores que tiverem problemas com o respeito à legislação podem registrar reclamações no Procon-CG pelos telefones 151 (Disque Procon), 83 98185 8168 (WhatsApp), (83) 98186 3609 ou, presencialmente, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, na sede do órgão, na rua Prefeito Ernani Lauritzen, no centro da cidade, que terá sua demanda atendida.
Codecom
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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta terça-feira (27) a primeira morte pro chikungunya na Paraíba registrada neste ano. A vítima é um homem de 57 anos, morador de Sapé.
A confirmação se junta a outra, divulgada nessa segunda-feira (26), de que uma segunda vítima da dengue teve a morte confirmada.
De acordo com a Secretaria, outros quatro óbitos estão sob investigação:
- Homem de 60 anos, morador de Campina Grande
- Homem de 35 anos, de Campina Grande
- Bebê do sexo feminino de 1 ano e 4 meses, de João Pessoa
- Homem de 85 anos, morador de Pocinhos
COm informações do Portal Correio
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A Paraíba pode ganhar, em breve, um voo que ligará o estado com a Europa. A possibilidade foi discutida numa reunião realizada nesta terça-feira (27) entre o governador João Azevêdo (PSB) e gerente nacional da companhia aéreas espanhola AirEuropa, José Mínguez, em Portugal, onde o gestor participa de agenda oficial desde o final de semana.
No encontro, Azevêdo estadual destacou o potencial turístico, cultural e econômico do estado, além da localização estratégica, no ponto mais oriental das américas, o que poderia facilitar o transporte.
“Tornar a Paraíba rota para a Europa é uma ação importante para impulsionar o turismo e abrir novas possibilidades no mercado internacional, ampliando as oportunidades de investimentos e de geração de emprego e renda. Nós temos uma localização privilegiada, atrativos turísticos em todas as regiões do estado e estamos trabalhando para ampliar a nossa malha aérea e, dessa forma, trazer mais turistas para fortalecer cada vez mais a nossa economia”, afirmou.
Participaram do encontro os auxiliares da gestão estadual Adauto Fernandes (secretário executivo da Representação Institucional), Delano Tavares (secretário executivo de Turismo e Desenvolvimento Econômico), Rômulo Polari (presidente da Companhia de Desenvolvimento do Estado da Paraíba – Cinep) e Ferdinando Lucena (presidente da Empresa Paraibana de Turismo – PBTur).
Com informações do MaisPB
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Faleceu na madrugada deste domingo (25), em um hospital particular de João Pessoa, aos 73 anos, o jornalista Agnaldo Almeida.
Agnaldo, que atuou em diversos veículos de comunicação do Estado, vinha enfrentando problemas de saúde. Ele nasceu em Campina Grande, mas foi em João Pessoa que se destacou tanto na função de repórter, editor e comentarista político. Também exerceu o cargo de secretário de Comunicação do Estado.
A Associação Paraibana de Imprensa através de sua diretoria e em nome de todos os associados e associadas, lamentou profundamente a morte do jornalista Agnaldo Almeida, que já presidiu a entidade.
Agnaldo era casado com a também jornalista Naná Garcez, hoje presidente da Empresa Paraibana de Comunicação e deixa cinco filhos e seis netos. “A API se solidariza, neste momento de dor e saudade, com todos os familiares, amigos e admiradores de Agnaldo Almeida, um dos maiores nomes do jornalismo paraibano”, diz a nota.
O velório acontece a partir das 8h deste domingo, no cemitério Parque das Acácias, no bairro do José Américo, e a cremação será às 17h.
Com informações do MaisPB
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Homens observam uma mulher diante da urna. Ela, vestida como para uma festa, com a cédula na mão e o sorriso no rosto, está pronta para exercer um direito básico de cidadania. A caminhada da alagoana Almerinda Farias Gama até o voto (para eleição de deputados classistas), em 20 de julho de 1933, é feita de luta com os barulhos da voz e da máquina de escrever. Neste sábado (24/2), quando se completam 92 anos da garantia do voto feminino, os passos que foram invisibilizados dessa sufragista negra, feminista e nordestina refletem a necessidade de reconhecimento e revisão histórica como inspiração para o país.
Foi diante do silêncio e de lacunas que a pesquisadora em história, jornalista e também alagoana Cibele Tenório se deparou quando resolveu saber mais sobre a conterrânea. Não havia registro nem mesmo de data de morte. Depois de dois anos de caminhada, descobriu que Almerinda viveu entre maio de 1899 e 31 de março de 1999. A pesquisa de mestrado (concluída em 2020, pela Universidade de Brasília) vai render livro depois de vencer prêmio literário da editora Todavia. A pesquisa foi orientada pela professora Teresa Marques.
A pesquisadora fez também um documentário sobre Almerinda a partir dos raros documentos disponíveis no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea da Fundação Getulio Vargas.
Almerinda, a luta continua
O filme Almerinda, a luta continua! faz um resgate histórico da vida dessa personagem, uma das primeiras militantes feministras brasileiras. Foi realizado na 2ª Oficina de Produção Audiovisual do Núcleo de Audiovisual e Documentário FGV/CPDOC., com direção de Cibele Tenório.
Comprometimento
Cibele, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e que atualmente cursa doutorado em história na UnB, avalia que Almerinda teve participação ativa na Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
“A federação era uma entidade que reunia, naquele período, entre 80 e 100 mulheres. Ela não era uma pessoa que estava ali e assistia às palestras. Era completamente ativa naquele ambiente e a quem a Bertha Lutz (liderança sufragista que criou a federação) entregou muitas tarefas. E era uma pessoa que se comprometia com as tarefas”, explica.
Poder na máquina
Almerinda atuava em várias frentes e estava empoderada por ser datilógrafa. “Era uma ferramenta que nem todo mundo dominava. Além de datilografar, escrevia e se expressava bem”. Assim, foi assumindo tarefas naquele lugar, incluindo lobby parlamentar, textos com divulgação para a imprensa e até roteiro de programa de rádio.
Almerinda passou a ter outras frentes de atuação. “Na política, inclusive, ela sai candidata, logo após o código eleitoral permitir que mulheres alfabetizadas pudessem votar. É preciso lembrar que Almerinda nasceu pouco mais de uma década depois da abolição da escravidão no Brasil”.
Na eleição de 1934, a professora Antonieta de Barros foi a primeira mulher negra eleita (como deputada estadual de Santa Catarina). Ela e a Almerinda podem ter sido as primeiras mulheres negras a concorrerem a cargos eletivos no Brasil. Além da federação das mulheres, Almerinda ainda atuou, com Bertha Lutz, no sindicato das datilógrafas e taquígrafas.
Para a pesquisadora, as questões de gênero e de classe estão muito intrincadas. “Almerinda nunca escreveu sobre si. Embora tenha sido uma mulher ligada ao ofício textual, o que a gente sabe dela é por meio das fontes da pesquisa, diferentemente de outras sufragistas. Esse apagamento se torna ainda maior pelo fato de ela ser uma mulher negra”. A data de morte foi conhecida depois de um contato com familiares. Cibele lia sobre sufragistas e nunca apareciam muitos dados sobre Almerinda, o que seria a materialidade desse apagamento.
Reconhecimento do legado
Diante de mais pesquisas e informações, como as que chegaram pela conterrânea Cibele Tenório, a administração municipal de Maceió busca jogar luzes na história de Almerinda. A cidade natal da sufragista criou iniciativas em busca de reduzir esse apagamento. A coordenadora de Igualdade Racial da prefeitura, Arísia Barros, diante da inexistência de registros na cidade e em Alagoas, diz que iniciou um movimento para reconhecer e divulgar o legado de Almerinda.
“Foi criada uma praça (no bairro da Jatiúca), que é o Parque da Mulher, onde 100 mulheres referenciais de Alagoas serão homenageadas”. Almerinda está entre elas, no parque que pode ser inaugurado oficialmente no mês que vem. Outra proposta apresentada na Câmara de Vereadores é a criação do “Dia de Almerinda” em 16 de maio, data de nascimento da sufragista.
“Começamos uma mobilização para trazer essa mulher tão importante para Maceió, para os bancos da escola, para os livros escolares e fazer ela caminhar”, diz a representante do município. Ela entende que uma campanha educativa é fundamental para buscar o reconhecimento. “Ela foi apagada. A gente agora quer criar essa luz sobre ela. Essa história de luta e de persistência pelo voto feminino foi fundamental e precisa realmente ser visibilizada. A Almerinda fez revoluções”.
Esse apagamento, de acordo com a coordenadora, tem relação com o racismo estrutural. “É necessário levar a Almerinda para a escola, dar nome a uma escola e a uma praça, por exemplo”. Arísia também tem pedido a parlamentares apoio para inclusão do nome da sufragista no livro de Heróis e Heroínas da Pátria.
"Lutava pela igualdade", diz neta
Neta de Almerinda, Juliana Leite Nunes, de 52 anos, diz que tem ficado feliz com mais pesquisas e reconhecimento sobre o papel da avó para o Brasil.
“Ela lutava pela igualdade de salário, de direitos trabalhistas, pelo direito ao voto. A gente sabia da importância porque tinha fotos na parede da sala de voto, mas não tinha essa noção que tem hoje”. A neta lembra que mesmo depois dos 90 anos fazia questão de estar muito bem informada sobre o que ocorria no Brasil em leitura diária do noticiário.
Hostilidade e violência
Evidentemente, a invisibilização e violência contra a mulher no espaço político não são fenômenos restritos ao século passado. Pesquisadora em direitos humanos, Leonor Costa entende que existe maior discussão sobre o tema. “A partir de muita luta, está sendo possível trazer as demandas das mulheres negras. O mundo da política é hostil com a mulher em geral e muito mais com as mulheres negras”.
Leonor, que no mestrado da UnB estudou o legado de Marielle Franco para mulheres negras na política institucional, considera que o assassinato da vereadora chamou atenção para o problema. “A gente já tem a violência contra as mulheres na política muito forte desde sempre. Não à toa que temos poucas mulheres que trilharam um caminho de sucesso, que estão aí há muito tempo. Marielle foi assassinada e seu assassinato escancarou o nível a que pode chegar a violência contra as mulheres”.
Para a pesquisadora, o crime possibilitou mais atenção para a violência e as hostilidades em relação às mulheres que se colocam no mundo da política, sobretudo as mulheres negras e também as trans. “Eu acho que mais de 90 anos depois do direito ao voto feminino, obviamente muita coisa melhorou. Hoje, a gente tem cada vez mais mulheres se colocando nos espaços, participando dos partidos, das organizações políticas, das entidades sindicais, com muita luta, nunca por concessão dos homens. Mas é preciso avançar muito mais”.
Esses avanços incluem o não cerceamento da liberdade de expressão no espaço público, nem ameaças de qualquer tipo. “Há muito caminho para construir e luta a empenhar para que, finalmente, a gente consiga estar nos espaços sem ter a presença questionada ou aviltada”.
Com informações da Agência Brasil
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