
A brasileira Rebeca Andrade conquistou medalha de prata na final do salto da ginástica artística na Olimpíada de Paris 2024, na Arena Bercy. O ouro ficou com a norte-americana Simone Biles. As duas ginastas conseguiram cravar os dois saltos, obtendo as maiores médias na pontuação da modalidade. Biles ficou com 15.300 pontos, e Rebeca, com 14.966.
Na modalidade, cada competidora tem de fazer dois saltos de grupos diferentes. Ganha aquela que obtiver a maior média. O primeiro salto da brasileira foi o Cheng, que consiste em uma entrada de rodante, seguido de meia-volta e pirueta no ar. Rebeca cravou o salto, recebendo 15.100 pontos.
O segundo salto da brasileira foi o Amanar, conhecido também como Yurchenko com dupla pirueta e meia. Novamente bem executado, ele resultou em uma boa pontuação para Rebeca: 14.833. Com isso, a brasileira obteve uma pontuação média de 14.966 pontos, o que rendeu a prata – sua quinta medalha olímpica. Rebeca é a maior medalhista olímpica brasileira.
Simone Biles
O ouro foi para aquela que é apontada como a maior ginasta de todos os tempos: Simone Biles. A norte-americana mostrou a que veio já no primeira apresentação, ao executar um salto que leva seu nome, o Biles II, executado apenas por ela, entre as mulheres, e por muito poucos ginastas masculinos.
A entrada de costas seguida de mortal duplo é considerada o elemento mais difícil da ginástica feminina, e consiste em uma entrada de costas seguida de mortal duplo. O salto resultou no melhor resultado, entre todas apresentações: 15.700 pontos.
No segundo salto, Biles cravou novamente, executando o movimento Cheng, com entrada rodante seguida de meia-volta e pirueta e meia. Ele rendeu à ginasta 14.900 pontos. Com isso, a norte-americana obteve uma média de 15.300 pontos.
Rebeca e Biles se enfrentarão também nas finais da trave e do solo, na segunda-feira (5).
A medalha de bronze foi para outra atleta dos Estados Unidos: Jade Careu, que obteve, ao final, 14.466 pontos na média, após pontuar 14.733 no primeiro salto – também um Cheng –, e 14.200 no segundo salto, um Flick, que consiste em uma rotação completa do corpo ao redor de um eixo horizontal.
Rivalidade e admiração
Rebeca e Biles compartilham rivalidade e admiração, uma pela outra, com elogios públicos manifestados tanto nas redes sociais como durante entrevistas. Biles disse ver, na Rebeca, sua “maior competidora” e, reiteradamente, diz que tê-la como adversária é algo que a estimula.
Elas se enfrentaram recentemente em três ocasiões. Na fase classificatória, dia 28 de julho, a média das notas de Rebeca ficou em 14.683 pontos, enquanto a da Biles ficou em 15.300. Na final por equipes, Rebeca obteve 15.100, enquanto Biles marcou 14.900 pontos. Na final do individual geral, Rebeca fez novamente 15.100, enquanto Biles marcou 15.766 pontos.
O fato de fazer o salto após a adversária norte-americana representou vantagem para a brasileira na competição de hoje, uma vez que decidiria qual seria o salto já sabendo a pontuação necessária para obter a medalha de ouro.
O histórico de sucesso de Rebeca Andrade na ginástica é grande. Além do ouro olímpico em salto obtido nos Jogos de 2020, ela foi por duas vezes vice-campeã olímpica no individual geral (em 2020 e em 2024), medalha de bronze olímpica por equipes nos atuais Jogos Olímpicos; bicampeã mundial no salto (em 2021 e 2023) e campeã mundial individual geral de 2022.
Os feitos durante os Jogos Olímpicos de 2024 – bronze por equipes e prata no individual geral além da prata obtida hoje – fizeram de Rebeca a atleta brasileira com maior número de medalhas olímpicas. Ela já conquistou, também, ouro no salto e prata nas barras durante o mundial de 2021, em Kitakyushu (Japão).
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes

O violoncelista Antonio Meneses morreu neste sábado (3), na Basileia, Suíça, aos 66 anos. Um dos principais músicos de sua geração, ele havia sido diagnosticado em junho com Gliobastoma Multiforme, um tipo agressivo de tumor cerebral.
Nascido no Recife em 1957, criado no Rio de Janeiro e radicado na Europa desde a juventude, Meneses é um dos mais célebres solistas e cameristas de sua geração.
Após vencer os concursos de Munique e Tchaikovsky, ele iniciou uma carreira de sucesso que inclui a colaboração com as mais importantes orquestras e maestros do mundo.
Atendendo a um pedido do próprio músico, não haverá funeral.
Sua última participação na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi no programa Sala de Concerto da Rádio MEC, no dia 24 de maio deste ano. Uma homenagem ao violoncelista.
O programa contou com as presenças de Antonio Meneses, os irmãos do instrumentista que formam o Quarteto Meneses (Gustavo Meneses - violino; Ricardo Meneses - viola; Eduardo Meneses - violoncelo) e a pianista Paula da Matta.
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes

O deputado estadual, Eduardo Carneiro (Solidariedade), apresentou voto de aplauso ao governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), pelo incentivo dado ao empreendedorismo e os resultados alcançados na economia com a geração de empregos e aberturas de novos negócios no estado.
De acordo com Eduardo Carneiro, que atua como presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo na Assembleia, o bom momento vivido pela Paraíba na economia vem conseguindo atrair novos investimentos. O parlamentar destacou que só no 1º semestre deste ano, 26.236 novas empresas foram abertas no estado, representando um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 25.698 novas empresas.
O deputado disse que as ações do Governo do Estado também resultaram na redução do tempo médio para a abertura de empresas. Segundo dados, em 2023, o processo levava em média 18 horas. Em 2024, esse tempo caiu para 16 horas, indicando uma melhoria de 11,1% na eficiência dos processos burocráticos, reforçando o compromisso do estado com a agilidade e a simplificação para novos empreendedores.
Com informações do Polêmica Paraíba
- Detalhes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que reforma o novo ensino médio, mas vetou os trechos que tratavam de mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Lei nº 14.945/2024 foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
O texto aprovado no Congresso Nacional previa que, a partir de 2027, fossem cobrados no Enem os conteúdos dos itinerários formativos (parte flexível do currículo à escolha do estudante), além daqueles da formação geral básica que já são cobrados. Aprovada durante a tramitação na Câmara dos Deputados, essa ideia havia sido retirada no Senado, mas acabou reinserida no texto final pelo relator, deputado Mendonça Filho (União-PE).
Ao vetar o trecho, o governo argumentou que a cobrança do conteúdo flexível “poderia comprometer a equivalência das provas, afetar as condições de isonomia na participação dos processos seletivos e aprofundar as desigualdades de acesso ao ensino superior”. O veto voltará para análise dos parlamentares, que poderão mantê-lo ou derrubá-lo.
A proposta já havia sido criticada publicamente por integrantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem.
Pelos itinerários, o estudante pode escolher se aprofundar em determinada área do conhecimento, como matemática ou ciências. Atualmente, as escolas não são obrigadas a oferecer todos os itinerários, podendo definir quais ofertarão.
O que muda
Pela nova lei, o início de implementação das reformas deve ocorrer já em 2025, no caso de alunos ingressantes no ensino médio. Os que já estiverem com o ensino médio em curso terão um período de transição.
Após sucessivos ajustes, com idas e vindas entre as duas casas do Congresso e nove meses de tramitação, ao final, foi mantida a essência do projeto do governo federal, que era ampliar a parcela de conteúdos da formação básica curricular – as disciplinas tradicionais, como português, matemática, física, química, inglês, história e geografia, conforme delineado pela Base Nacional Comum Curricular.
A carga horária da formação geral básica nos três anos de ensino médio voltará a ser de 2,4 mil. Mais 600 horas obrigatórias deverão ser preenchidas com disciplinas dos itinerários formativos, nos quais há disciplinas opcionais à escolha do aluno. A carga horária total será, então, de 3 mil horas: 1 mil para cada ano, dividido em 200 dias letivos de cinco horas cada.
A nova lei atende à reivindicação da comunidade escolar e de entidades ligadas à educação, que se mobilizaram e pressionaram pela mudança, descontentes com o novo modelo de ensino médio que entrou em vigor em 2022, quando a formação geral foi reduzida a 1,8 mil horas.
A reforma aumentou para 2,1 mil horas a formação geral básica também no ensino técnico. As demais 900 horas devem ser dedicadas ao ensino profissionalizante, totalizando as 3 mil horas da carga total. Para profissões que exijam tempo maior de estudo, 300 horas da formação geral poderão ser utilizadas para o aprofundamento de disciplinas que tenham relação com o curso técnico –por exemplo, mais física para alunos de eletrotécnica.
O texto sancionado prevê apenas o inglês como língua estrangeira obrigatória. Os parlamentares rejeitaram a inclusão da obrigatoriedade do espanhol na formação geral básica, conforme defendiam secretários de Educação, que alegavam aumento de custos com a novidade, além de falta de professores.
Pelo texto final, o espanhol poderá ser ofertado de acordo com a disponibilidade dos sistemas de ensino. Em comunidades indígenas, o ensino médio poderá ser ofertado nas línguas maternas de cada povo.
Cada município brasileiro também deverá manter ao menos uma escola com a oferta de ensino médio regular noturno. A condição é que haja demanda manifestada e comprovada por esse turno nas matrículas feitas junto às secretarias de educação.
Itinerários
A nova lei prevê menos liberdade nos itinerários formativos, que agora deverão seguir diretrizes nacionais, a serem elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), colegiado formado por representantes da sociedade civil indicados pelo Ministério da Educação.
Pelo novo texto, as disciplinas optativas no ensino médio deverão estar relacionadas a um dos seguintes quatro itinerários formativos: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ou ciências humanas e sociais aplicadas. As diretrizes nacionais devem observar ainda especificidades da educação indígena e quilombola.
Isso restringe as possibilidades dos itinerários formativos. Os defensores da restrição apontaram a experiência malsucedida em diversos estados nos quais a ausência de padronização levou a uma ampliação de desigualdades, com a oferta de mais de 30 trilhas de aprofundamento em alguns locais e de nenhuma em outros.
*Colaborou Felipe Pontes com informações da Agência Brasil
- Detalhes

Na primeira prova do atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, o brasileiro Caio Bonfim faturou a medalha de prata na marcha atlética. Foi a primeira conquista do atleta de 33 anos, que faz a quarta participação olímpica.
Os 49 atletas largaram às 8h, no horário da França (3h no horário de Brasília), para o percurso de 20 quilômetros pelas ruas da capital francesa. Desde o início da prova Caio se manteve entre os primeiros colocados, junto ao pelotão principal. O brasileiro chegou a liderar por alguns quilômetros, mas na última volta o equatoriano Brian Pintado fez a ultrapassagem e se desgarrou na frente. Pintado venceu com o tempo de 1h18min55. Mesmo com duas punições, Caio se manteve entre os primeiros e cruzou a linha de chegada em 1h19min09. O espanhol Alvaro Martin (1h19min11) foi bronze. A cerimônia de entrega das medalhas será amanhã (2), no Stade de France, palco das principais competições de atletismo.
Outros dois brasileiros participaram dos 20km da marcha atlética. Max Batista foi o 28º colocado e Matheus Correa terminou em 39º lugar.
Caio Bonfim já havia se aproximado da medalha nos Jogos Rio 2016, quando terminou a prova da marcha na quarta posição, até então o melhor resultado para o Brasil na prova. Em Londres (2012), sua estreia olímpica, ele passou mal e não completou o percurso. E em Tóquio (2021), o brasiliense terminou na 13ª colocação. O marchador também tem no currículo duas medalhas de bronze em mundiais de atletismo (2017 e 2023), além de três medalhas na prova individual em Jogos Pan-Americanos (prata em 2019 e 2023, bronze em 2013). receber a medalha de prata
O pódio olímpico coroa o trabalho de uma vida inteira dedicada à marcha atlética. Caio começou no esporte muito cedo, inspirado pela mãe, Gianetti Sena Bonfim, que era atleta da modalidade e se tornou sua treinadora. O pai, João Bonfim, também é técnico de marcha atlética. A família Bonfim é responsável pelo Centro de Atletismo de Sobradinho, projeto social que forma novos atletas no Distrito Federal.
“Todo mundo que um dia viu a marcha disse ‘isso é estranho’. Para mim era normal, minha mãe fazia marcha. Ela fez índice para Atlanta-1996, teve umas mudanças de critérios e ela não foi. Quando eu fui pra Londres eu falei pra ela: ‘quem disse que você não foi para uma Olimpíada?’. E hoje na nossa quarta Olimpíada eu posso virar para minha mãe e falar: ‘Nós somos medalhistas olímpicos, nós somos medalhistas olímpicos!”, disse Caio Bonfim em entrevista ao canal Sportv.
O #TimeBrasil teve três representantes na marcha atlética feminina em #Paris2024.
— Time Brasil (@timebrasil) August 1, 2024
Erica Sena obteve o melhor resultado e terminou em 13º lugar, seguida por Viviane Lyra na 19ª posição e Gabriela Sousa em 36º.
Valeu, meninas! 💚💛
📸 Alexandre Loureiro/COB#TimeBrasil… pic.twitter.com/rApVkJktUi
Prova feminina
A competição feminina da marcha atlética também foi disputada hoje, com a participação de 45 atletas. As brasileiras não conseguiram medalhas. A melhor colocada foi Erica Sena, que terminou na 13ª posição. Viviane Lyra cruzou a linha de chegada na 18ª colocação. O ouro foi para chinesa Jiayu Yang, com o tempo de 1h21min47. A prata ficou com a espanhola Maria Perez e o bronze com a australiana Jemima Montag.
Na quarta-feira (7) ocorrerá o revezamento misto da marcha atlética, competição que aparece pela primeira vez no programa dos Jogos Olímpicos. Na prova, um homem e uma mulher se alternam em percurso de 10km de marcha, totalizando no final 42,195 km, a distância de uma maratona. O Brasil será representado por Caio Bonfim e Viviane Lyra.
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes

O Brasil venceu o Japão no vôlei feminino por 3 sets a 0, pela segunda rodada do Grupo B nos Jogos Olímpicos de Paris, com parciais de 25 a 20; 25 a 17 e 25 a 18. O destaque da partida foi a ponteira Gabi, que marcou 17 pontos.
Com a vitória, a equipe brasileira garantiu antecipadamente vaga nas quartas-de-final. O Brasil volta às quadras no domingo (4) para enfrentar a Polônia.
Em quadra, a expectativa era de grandes ralis, graças à escola japonesa, caracterizada por uma defesa bastante eficiente. No entanto, com exceção do início do primeiro set, a partida foi tranquila, com o Brasil se mantendo sempre à frente no placar.
A boa qualidade da defesa japonesa se confirmou no início da partida, deixando o set bastante disputado, sem grandes variações nas diferenças de pontos do placar. O set começou equilibrado, sem que uma equipe conseguisse abrir distância maior do que dois pontos, até que a levantadora Roberta conseguiu, em um ace, abrir três pontos de vantagem, deixando o placar em 19 a 16 para o Brasil.
A diferença de pontuação se manteve entre dois e três pontos até o set point, quando passou a quatro pontos, ficando o placar em 24 a 20 em favor do Brasil. O set foi então fechado, com um ponto de bloqueio, em 25 a 20.
Segundo set
O segundo set mostrou um Brasil mais adaptado ao esquema de jogo japonês, o que possibilitou um volume de jogo mais intenso e distribuído, a ponto de o Brasil abrir rapidamente uma vantagem de 9 a 4. O ataque brasileiro conseguiu ser mais eficiente, no embate contra a defesa japonesa que, em um erro de movimentação, fez o placar chegar a 12 a 7 em favor do Brasil.
O Brasil conseguiu manter o ritmo e, em um erro de saque do Japão, a diferença no placar chegou a seis pontos, com o Brasil vencendo parcialmente o set por 17 a 11.
Insatisfeito com a atuação da arbitragem, após erro ao não marcar toque na rede da jogadora japonesa Koga, o técnico brasileiro Zé Roberto Guimarães recebeu cartão vermelho como advertência. No vôlei, o cartão vermelho resulta em ponto para o time adversário, mas o técnico pode continuar no banco, orientando sua equipe.
O Brasil tem novo set point após se recuperar de um erro de recepção e pontuar com um ataque da ponteira Gabi. Na sequência, o Japão errou na recepção do saque da levantadora Roberta, permitindo que o Brasil vencesse também o segundo set, por 25 a 17. Foi um set mais tranquilo do que o primeiro. O Brasil soube superar a boa defesa japonesa, executando seus ataques de forma eficiente.
Terceiro set
No terceiro set, a partida voltou a ficar mais equilibrada, sem que o Japão conseguisse ficar à frente no placar. A vantagem brasileira chegou a cinco pontos, após um ace da central Carol que deixou o placar em 15 a 10. O bloqueio brasileiro, com as centrais Thaísa e Carol, fez a diferença ampliando a vantagem já na reta final do set, quando o Brasil chegou a 20 pontos. Dali em diante, bastou às brasileiras manter o ritmo e aproveitar os erros cometidos pelas japonesas, que em curto espaço de tempo errou dois saques.
A partida então é encerrada após cortada na diagonal da atacante Tainara, fechando o terceiro e último set com o placar de 25 a 18. A vitória por 3 a 0 contra as japonesas deixou o Brasil na primeira posição do grupo, garantindo vaga para as quartas de final. Na primeira rodada, o Brasil venceu o Quênia também por 3 a 0 (25 a 14; 25 a 13; 25 a 12).
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes